Painel informativo para o muro (para ver melhor, clique aqui)Acabando o muro em taipaEspaço quase terminado em Corte Gafo de CimaÀ conversaDa última vez que fomos a Mértola, ainda se estava nos acabamentos, mas a Rota dos Aromas já tinha forma. Dois anos depois de começar a ser pensados, os jardins de aromas esperavam somente a colocação das placas informativas para ser inaugurados. A população das quatro localidades (Amendoeira da Serra, Mosteiro, Corte Gafo de Cima e Corte Gafo de Baixo) não esperou pelas formalidades e as obras foram sendo acompanhadas de perto por todos quantos vinham dar dois dedos de conversa ou inteirar-se do que se passava. Terras do Pulo do Lobo Rota dos Aromas designa um percurso peculiar por estas localidades do concelho de Mértola, elas próprias também bastante particulares. De há uns anos para cá, sob impulso da Câmara Municipal e da Associação de Defesa do Património de Mértola, estas povoações têm sido objecto de diversas intervenções com o objectivo de contrariar a tendência de desertificação humana (na Amendoeira da Serra, por exemplo, habitam neste momento somente 40 pessoas, praticamente todas idosas) e melhorar a qualidade de vida das populações. O conjunto de intervenções feitas e previstas agrupa-se sob o nome de Terras do Pulo do Lobo - Um salto em frente, plano de intervenção para o qual temos vindo a trabalhar.
Aromas e sabores
À semelhança do que sucede no Centro de Interpretação da Paisagem da Amendoeira da Serra, por cuja imagem e comunicação fomos responsáveis, também na Rota dos Aromas se apela a uma vivência sensitiva da região. Todos são convidados a apreciar os aromas e, numa associação quase inevitável, os sabores das Terras do Pulo do Lobo. Para isso projectaram-se - com a componente arquitectónica a cargo de Cristina Sousa Uva, Arquitectura Paisagista - espaços de lazer e fruição adequados para locais e visitantes.Cozinha, mezinhas, cheiros e mel Cada um dos jardins obedece a um tema. Cozinha, mezinhas, cheiros e mel foram os assuntos escolhidos. Em todos eles as ervas aromáticas e medicinais têm um papel principal e as práticas e saberes tradicionais são predominantes. Nos grandes painéis colocados sobre os muros de taipa, pequenos textos divulgam os aspectos mais relevantes de cada tema. Nos canteiros, placas informativas identificam as espécies plantadas e documentam os seu usos e características. A nossa Rota dos Aromas permitiu-nos assim trazer para a ribalta uma fracção do rico património etnográfico desta região. Por isso estamos satisfeitas.
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